Após uma intensa estadia, finalmente resolvi dizer o que queria:
-Vou prostituí-la e por meio de ti receber aplausos!
Ela com toda sua exuberância e prepotência repondeu:
- Se mal me usares nem o mais ínfimo leitor de bula te dará audiência.
Respondi:
- Mesmo que não seja eu que ganhe sobre suas costas. Tantos o já fizeram e tu não te importaste?
- Mesmo que não seja eu que ganhe sobre suas costas. Tantos o já fizeram e tu não te importaste?
E ela me disse:
- Já nasci prostituída, desnuda para fazerem o que mal ou bem quiserem.
Continuei a questionar:
- Não é triste isso?
E ela com tom melancolico me respondeu:
- O que posso eu fazer? No principio de tudo eu já era verbo, me conjugavam, julgavam e me lançavam ao fogo.
Mais uma vez a questionei:
- O que tu achas de tudo isso?
Ela em três palavras em respondeu:
- Insolúvel, desmedido, um percalço.
Disse:
Melhor não seria ser livre?
Melhor não seria ser livre?
E ela levemente conformada, mas com suspeita felicidade disse:
- Nas letras que se agregam está meu rumo. Só ganho e sigo a tramontana. O que mais tenho em minhas mãos?
E eu disse:
- O meu coração.
Ela subtamente se levantou e disse ao abrir a porta:
- Passaste muito tempo por aqui. Agora vais. Não demores tu com perguntas. Desejo ventura. E lembre-se: não apresse sua seiva tens a eternidade pela frente. Continuarei aqui sou permanência e tu logo se esvai.
Imagem: Ting Shao Kuang.
Ela subtamente se levantou e disse ao abrir a porta:
- Passaste muito tempo por aqui. Agora vais. Não demores tu com perguntas. Desejo ventura. E lembre-se: não apresse sua seiva tens a eternidade pela frente. Continuarei aqui sou permanência e tu logo se esvai.
Imagem: Ting Shao Kuang.
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